A bulimia é uma doença que se caracteriza por episódios de ingestão excessiva de alimentos, seguidos de um conjunto de comportamentos compensatórios que podem incluir indução do vómito devido ao medo de ganhar peso, ou recurso a laxantes, diuréticos, jejum prolongado e exercício físico excessivo.
Existe uma estreita associação entre a incidência e evolução dos distúrbios alimentares e as características do padrão de beleza actual, influenciado pelos valores sociais e culturais, onde se destaca a magreza extrema, a apologia de um corpo perfeito, sem traços de envelhecimento, a fobia da gordura e do aumento de peso, e a permanente obsessão com os meios que permitem ter um corpo esbelto.
São várias as consequências da bulimia para o organismo, como dores musculares, inflamação da garganta provocada pelo vómito, cáries dentárias, desidratação, desnutrição e desequilíbrio electrolítico dado que raramente as pessoas com bulimia retêm minerais e vitaminas suficientes para se manterem saudáveis.
Destacam-se alguns sinais de alerta como guardar alimentos para os episódios de voracidade, comer compulsivamente em segredo, mentir sobre o que comeram, vomitar às escondidas, queixar-se com recorrência de dores de garganta, ir frequentemente ao WC após as refeições, demonstrar uma preocupação profunda com o peso e a forma do corpo, usar roupas largas, alterar bruscamente o seu humor. O tratamento envolve a ajuda de uma equipa multidisciplinar, nomeadamente psiquiatra, psicólogo, endócrinologista e nutricionista.
Se necessitar de ajuda não hesite, procure a sua equipa de saúde familiar que seguramente lhe proporcionará a melhor orientação e apoio.