Como colmatar a falta de força muscular num possível remate de cabeça, é um dos problemas com que se depara o indivíduo ou o desportista em geral. Quer seja no futebol, como numa outra modalidade desportiva para um outro tipo de remate; por esse motivo vamos apresentar uma prescrição um planeamento e um controlo a este problema.
PRESCRIÇÃO
HIPÓTESE 1
A prescrição, para que o diferencial entre ( t e t’ ) seja tão pequeno quanto possível, tendo em consideração a gestão das tendências evolutivas das variáveis passa:
- Aumento da velocidade ( v ), ou seja, um processo de treino da velocidade de saída do desportista;
O aumento da velocidade pode ser adquirido por:
1 – Aumento de F , através da coordenação dos diversos inícios de força da cadeia cinética, o desportista poderá por exemplo ir treinar “salto e posterior remate de cabeça a uma bola que se encontra a uma altura do solo”, procurando ter uma sensibilização e controlo das componentes da força ( direcção, sentido e ponto de aplicação );
2 – Aumento de a , aumentando o tempo e o espaço em que o corpo do desportista é acelerado (como exemplo: realização de uma sessão de treino de flexão de pernas e posterior salto vertical, cabeceando uma bola lançada por um indivíduo exterior), de modo que a energia cinética esteja potenciada no momento do remate de cabeça, interceptando a bola.
- Um processo de treino de tomada de decisão por parte do desportista, que é função das Entradas sensoriais – Tratamento central – Saídas motoras ( como exemplo: conjunto de exercícios de lançamento de uma bola ao ar pelo treinador, e posterior remate de cabeça do desportista a uma baliza).
HIPÓTESE 2
A prescrição, para que a falta de força muscular seja colmatada, tendo em consideração a gestão das tendências evolutivas das variáveis passa:
- Por um processo de treino da força que solicite estas áreas, a força deve ser aumentada, como essa força terá de ser grande, o desportista poderá:
– aumentar o volume da massa muscular;
– aumentar a aceleração, através do aumento da intensidade da força útil (com músculos mais possantes) ou através da rendibilização da força útil (mudando o ponto de aplicação da força exercida ou redireccionando essa força;
- Por um processo de treino da coordenação dos sucessivos inícios de força da cadeia cinética, passando este processo pela utilização de tecnologias de apoio, na qual possibilitam treinar a sensibilidade, como exemplo: utilização de um acelerómetro, na qual numa primeira fase permite adquirir dados da coordenação, para numa fase posterior servir de controlador da evolução dos inícios de força realizados pelo desportista.
PLANEAMENTO
O desportista poderá treinar desde já as situações de “saída para o remate de cabeça”, procurando uma melhor coordenação dos sucessivos inícios de força da cadeia cinética, procurando compensar os erros cometidos; simultaneamente fará um trabalho de força dos grupos musculares com problemas; um treino de velocidade de saída e um processo de treino de tomada de decisões por parte do desportista, na qual é função das Entradas sensoriais – Tratamento central – Saídas motoras.
Conforme os treinos previamente traçados forem dando dados e resultados, ocorrerá uma variação dos percursos de treino
Exemplo hipotético de um planeamento de treino para esta situação:
CONTROLO
Um programa de controlo para o desportista passa por:
- Saber o que é um remate de cabeça;
- Saber visualizar-se no campo;
- Capacidade de criar estratégias em função do contexto;
- Ter a sensibilidade da variação das velocidades/ precisão na situação;
- Capacidade de tomada de decisões que é função das entradas sensoriais – tratamento central – saídas motoras;
- Optimizar a velocidade do desportista ( no tempo em que acumula energia bem como na força exercida)