Neste pequeno artigo que se segue é avaliado os resultados do HIIT – Treino Intervalado de Alta Intensidade num determindao grupo de individuos em estudo
A pratical model of low volume high-intensity interval training induces performance and metabolic adaptations that resemble “all-out” sprint interval traing. (Mahdi Bayati)
A importância do exercício aeróbio de longa duração é essencial para reduzir o desenvolvimento de doenças metabólicas (Nybo et al.,2010).
No entanto a falta de tempo é uma razão comum para o abandono dos programas de treino (Godin et al.,1994)surgindo a necessidade de estudar metodologias de maior intensidade e menor volume.
O objetivo deste estudo baseia-se num comparar duas metodologias de alta intensidade (SIT e HIT) na via aeróbia e anaeróbia.
MÉTODO
PARTICIPANTES/AMOSTRA:
24 sujeitos saudáveis ativos, sem estarem envolvidos num programa de treino estruturado nos últimos 3 meses.
INSTRUMENTOS/MEDIDAS:
Foi realizado um teste incremental de esforço para avaliar o VO2max e a Pmax. O Tmax. permitiu estimar
quanto tempo o Tmax permitiu estimar quanto tempo o sujeito se aguentava no VO2max. O total de trabalho foi calculado pelo produto (Pmax*Tmax)/1000. O teste do Want permitiu obter a potência máxima,média e o total de trabalho realizado (PM*30segundos). Foram recolhidas amostras de lactato em repouso,3 e20 minutos após o teste do Wingate.
PROCEDIMENTOS:
Os participantes foram divididos em 3 grupos e avaliados durante 4 semanas: (G1) 3 a 5 séries ao máximo com 4 minutos de recuperação, (G2) 6 a 10 séries a 125% da Pmax com 2 minutos de recuperação e um grupo de controle(CON)que não foi sujeito a nenhum tipo de treino.
RESULTADOS
Na comparação pré e pós teste foram verificadas diferenças significativas no VO2max, Pmax,Tmax e no trabalho total (p<0.05; d’Cohen variou entre 1.10 e 3.53). Quando comparados com o grupo de controle as magnitudes do efeito aumentaram (d’Cohen compreendido entre 1.31 e 4.09).No WAnT, o G1 também apresentou diferenças pré e pós treino na potência máxima, média e total de trabalho, ao contrário do G2, no qual não se verificou o efeito do treino na potência média. Na concentração de lactato verificou-se o efeito do treino no G1 (p=0.01, d=1.45).
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
O treino intervalado provoca adaptações musculares semelhantes ao treino aérobio tradicional, funcionando comum a excelente estratégia para a gestão do tempo (Gibala & McGee,2008). No presente estudo, foi verificado o efeito do treino sobre a via aeróbia e anaeróbia. Porém, existe a necessidade de estudar programas de treino que identifiquem relações óptimas de volume e intensidade para população em geral.
ANÁLISE CRÍTICA
INTRODUÇÃO
Necessidade de exposição das limitações do estudo publicado na MSSE(Nybo et al.,2010). Teria sido importante definir os conceitos,antes de avançar para os benefícios do treino intervalado(Gibala & McGee,2008;Ziemannetal.,2011). Desenvolvimento de um parágrafo que saliente a importância da conjugação do volume e da intensidade no estabelecimento de protocolos de alta intensiade(Billat,2001;Hazell,Macpherson,Gravelle,&Lemon,2010;Weston,Taylor,Batterham,&Hopkins,2014).
OBJECTIVO
No objectivo existe uma descrição detalhada dos protocolos que foi exposta na tabela 1, não sendo necessário.Seria pertinente uma melhor definição das hipóteses.
MÉTODO
PARTICIPANTES/AMOSTRA:
A estatura deveria ter sido expressa em centímetros e a utilização de bodymass. A percentagem de massa gorda não tem fundamento nos resultados.
INSTRUMENTOS/MEDIDAS:
A metodologia usada está validada na literatura e foi usada noutros estudos que envolveram esforços de alta intensidade(Laursen & Jenkins,2002;Westonetal.,2014).No teste do Wingate deveria ter sido reportada a taxa de amostragem da recolha dos outputs(Duarteetal.,2014).
Deveria ter sido usado e reportado o valor do teste de ShapiroWilk para testar a normalidade da distribuição,o teste de Kruskal Wallis para a comparação entre grupos necessita de uma referência para interpretar as magnitudes do efeito.
RESULTADOS
O consumo máximo de oxigénio relativo,controlado de uma forma linear para a massa corporal,apresenta algumas limitações descritas na literatura(Nevill,Ramsbottom,&Williams,1992).Na tabela 2 e 3 colocaria o d’Cohen para melhor compreensão das magnitudes dos efeitos e seria interpretado de acordo com Hopkins (Hopkins,2004).
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
O SIT e o HIT revelaram-se como metodologias que apresentaram menor volume e produziram melhorias significativas na performance aeróbia e anaeróbia.A discussão foca-se em aspectos metabólicos e bioenergéticos para explicar os resultados encontrados, confirmando a literatura prévia. O presente trabalho assemelha-se a estudos anteriores havendo necessidade de dar um contributo à literatura já publicada. Sabendo da influência de variáveis como a massa corporal e o volume da coxa na potência máxima e média (Carvalho et al.,2011;Welsmanetal.,1997),uma possível tabela final que procuraria perceber qual o poder explicativo destas variáveis independentes, sobre o SIT e o HIT. Na conclusão teria sido importante referir, que para efeitos práticos, a alternância entre as duas metodologias é essencial como objectivo de promover a variabilidade de estímulos.
Bibliografia
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Trabalho elaborado por: dvmartinho92@hotmail.com