– NA SUA MAIS SIMPLES ESSÊNCIA o slackline é um desporto divertido para toda a família. Mas um divertimento com um custo muito positivo para a saúde, física e psicologicamente. Com uma fita estreita (normalmente de um centímetro) presa a dois pontos fixos, o objectivo é atravessar sem cair. O slackline é um desporto de equilíbrio, que melhora a coordenação motora e, como exige muita concentração, uma óptima forma de esquecer os problema do dia-a–dia, diminuindo o stress.
Conhecido também por corda bamba, o slackline exige bastante de alguns músculos, como os das pernas, braços e abdómen. Ajuda a queimar calorias e ao fortalecimento dos músculos, que contribui para evitar lesões. Ou seja, com uma simples fita de nylon, sem que seja necessária uma grande logística, é possível trabalhar para uma boa forma física e ao ar livre, onde seja mais fácil encontrar os pontos fixos necessários. As fitas utilizadas têm até um centímetro de espessura e sete a 12 metros de comprimento. Esta deve ser presa entre trinta centímetros a um metro do solo (mais ou menos à altura do joelho ou da cintura) para permitir que se suba para a fita sem precisar de qualquer apoio. A fita actua de forma dinâmica, pois estica e salta como se fosse um trampolim, o que permite que, com alguma prática, se possa fazer acrobacias.
A origem do slackline remonta aos anos setenta no vale de Yosemite, na Califórnia, Estados Unidos. Os escaladores passavam semanas nas montanhas à procura de novos caminhos. Quando estavam em terra começaram a prender as suas cintas e a atravessá-las. Rapidamente se aperceberam de que era uma forma de trabalhar o equilíbrio, que era bom para o físico e uma excelente forma de se divertirem.
O desporto evoluiu, as fitas são agora próprias para o efeito, vendidas com o material já preparado para as prender, e até ganhou umas novas vertentes: O longline (idêntica ao slackline, a diferença é o tamanho da fita que, normalmente, tem vinte metros de comprimento), o trickline (utiliza-se posições mais estáticas), o jumpline (a fita tem três centímetros de largura e é mais elástica, permitindo um maior impulso que facilita os saltos), o waterline (pratica-se com a fita colocada sobre a água, seja no mar, rio, ou numa piscina, sendo uma vertente idêntica ao jumpline, mas em que se pode arriscar mais nas acrobacias, por a queda ser na água) e o highline (considerada a mais difícil, mas também a mais radical, pois a fita é colocada a cinco metros de altura, mas há quem o faça ainda mais alto, sendo uma técnica que exige a utilização de equipamento de segurança.